Caso de jornalista beijada gera campanha pelo respeito e repercute na imprensa internacional
- Wellyson Sales
- 31 de mar. de 2018
- 2 min de leitura

O caso da jornalista esportiva Bruna Dealtry beijada em um link ao vivo durante uma transmissão do canal Esporte Interativo, ganhou forças nas redes sociais e na imprensa americana. O site da CNN chamou atenção para casos de "assédios" em profissionais da comunicação do sexo feminino onde na maioria das vezes de homens que se aproveitam de sua exposição para beija-las contra sua vontade.
O caso da jornalista Brunna não foi a primeira, mas este caso aconteceu no estádio São Januário em uma terça-feira em uma partida de Vasco contra Universidad de Chile como explicou a reportagem escrita por Flora Charner da CNN.
Em seu Facebook, a jornalista publicou o vídeo de total constragimento e ainda se declarou sobre o assunto: "Eu sempre fui um repórter que adora celebrar com os fãs. Eu não me incomodo com as pessoas me absorvendo na cerveja, pulando em volta de mim ou pisando no meu pé", escreveu Dealtry. "Mas hoje, eu experimentei em primeira mão a impotência que tantas mulheres sentem no estádio, no metrô, mesmo andando na rua. Eu fui beijada na boca, sem a minha permissão, enquanto eu estava fazendo o meu trabalho. Eu não fiz." Não sei como reagir e não conseguia entender como alguém poderia pensar que eles têm o direito de agir dessa maneira. "
O vídeo se tornou viral, e logo uma campanha que conta com oito mulheres vítimas de assédio durante seu trabalho, que aliás foram gravados, ganhou força. A campanha #DeixaElaTrabalhar busca respeito pelos torcedores diante a imprensa feminina. Durante pelo menos um minuto, as 8 jornalistas convidadas contam em vídeo curto as suas experiências de assédio e falam sobre o assunto. Elas usaram as redes sociais como forma de compartilhar a campanha que já foram vistas centenas de vezes.
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