Criador do ritmo 150 bpm vence processo contra fabricante de cerveja
- Wellyson Sales
- 26 de dez. de 2019
- 2 min de leitura

Em outubro, Anitta foi contratada como Head de Criatividade e Inovação da Ambev, empresa que detêm a fabricação de cervejas como a Skol. No primeiro lançamento com sua mais nova contratada, a artista teria lançado um produto denominado "150 bpm" pela marca, com teor alcoólico superior à outros produtos da empresa e que homenagearia o Funk.
Entretanto, o produto que leva o nome "150 bpm" foi alvo de processos pelo DJ Polyvox, criador original do ritmo. O produtor abriu processo na Comarca de São Paulo onde afirma que o nome do produto é idealizado por ele e estaria sendo usado sem autorização para fins de publicidade. Por sua vez, venceu o processo.
No instagram, ele escreveu uma carta aberta aos fãs onde fala sobre o assunto.
"Alguns anos atrás fui o criador do movimento 150 BPM. Ouvia meu filho bater incansavelmente numa garrafa e entendi que aquilo poderia virar música! Captei aquele ritmo, descobri o compasso e mixei com outros instrumentos e saiu o primeiro funk com 150 batidas por minuto", inicia a carta.
"Foi um sucesso e fiquei conhecido pela minha criação. Até tatuei 150 no braço. O caso é que a Anitta e a Ambev criaram um produto novo com o nome do ritmo", conta. DJ Polyvox explica que o diretor de clipes Kondzilla ainda entrou em contato com ele para gravar um vídeo sobre a origem dos 150 BPM, mas não o avisou que seria um comercial publicitário. "Não assinei contrato nenhum, não autorizei nada", afirma.
Polyvox afirma ainda que pretende processar a cantora pelo caso.
"Ela [Anitta] diz que a autoria do produto como um todo é dela. Como pode ser dela se eu criei o movimento? Igual fez com a Ludmilla".
"Não quero de forma alguma crescer ou me promover em cima da fama de alguém! Me usaram e me excluíram de tudo. Acha que não gostaria de ser sócio de um produto da maior empresa da América Latina?", pergunta ele.
"Infelizmente o favelado aqui ganhou voz e não só dou fé em cada palavra desse texto como também tenho como provar. A favela agora pede justiça. Só porque sou negro, favelado e analfabeto não significa que eu seja burro", conclui a carta do DJ.
O desembargador Natan Zelinschi de Arruda, magistrado responsável pelo caso, pediu que Anitta e a Ambev sejam intimadas para que assim possam entrar com recursos sobre o uso publicitário do produto. Por fim, a primeira decisão do desembargador foi que a Skol retirasse imediatamente todo o conteúdo publicitário referente ao processo.
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